Sejam bem vindos ao meu blog!

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terça-feira, 22 de março de 2016

Sereias!

Oi gente linda, hoje eu vim falar de uma paixão que eu tenho pelo mito da sereia.
Eu tenho paixão por tudo que envolve esses seres fantásticos! Desde muito nova eu sempre gostei e de uns tempos pra cá essa moda "pegou", muita gente se veste de sereia, usa produtos para mudar a cor do cabelo para se "parecer" com sereia, até o kinder ovo resolveu se inspirar nelas e trouxe minis
sereias dentro do ovinho de chocolate e etc.
Então eu separei algumas fotos com essa inspiração, para admirarmos, copiarmos... Enfim... vamos lá olhar que não custa nada!


E então, vocês curtiram essas idéias acima? Eu amei! Beijos no coração!

Vídeo Novo!

domingo, 13 de março de 2016

(Cap 19) Você não sabe como é bom ver você!

Nos dias que passaram eu e Niga não nos desgrudamos, era o tempo todo na cama. Ele não foi a lugar nenhum, ficou trabalhando na fortaleza mesmo, o que nos permitia encontrar toda hora que tivéssemos vontade, na hora do almoço, no café da tarde, e claro que acabávamos na cama, suados e de coração acelerado que mal dava pra respirar. Em um desses rompantes de paixão ele entrou no quarto, ergueu meu vestido mas não deu tempo de chegar até a cama, então ele me segurou contra a parede, de pé, no aparador. Me ergueu contra o móvel, sustentando meu peso e me possuiu ali, de roupa e tudo.
Quando acabamos ele cambaleando me levou até a cama, me deitou ali e arrrumou as próprias roupas e me beijou se preparando pra sair.
-Estamos ficando bons nisso- eu disse com a boca ainda seca.
Ele riu do jeito que eu amava, aquela gargalhada que fazia meu coração derreter. Ele já ia saindo pela porta então ele voltou, passou sua enorme mão pelo meu rosto.
-Estamos muito mal acostumados, na minha próxima viagem será muito mais difícil ficar longe de você.-Ele me disse me beijando na testa.
Então rimos e nos beijamos feito loucos.
Afinal o amor é isso, loucuras, receios, uma mistura sem fim de saliva, suor, e falta, principalmente, de bom senso!
No dia seguinte Niga foi chamado urgentemente pelo alto comando e então ele viajou para perseguir rebeldes. Ele não voltou para o jantar e me enviou um bilhete:


Não sei quando voltarei, estarei longe, entrarei profundamente no deserto rastreando um grupo de rebeldes...
Meu coração só bate com um objetivo, vê- la novamente, na esperança de ama- la uma vez mais. Para sempre seu,
Niga.


Eu andava tão chorona que desabei a chorar, tinha medo por ele e por mim também, medo de ficar só novamente, medo de perde- lo e ser entregue a outro deles que, com certeza, não são como Niga. Para os outros não há espaço para compaixão em seus corações e muito menos uma distração como o amor. Em sua maioria eles não nos matariam e nem matariam uma raça inteira, há menos que fosse o "único" jeito de salvar outras espécies e o planeta, já que não suporta mais "uma população tão crescente" e poluidora como a nossa!
Eu dormi cheia de receios e meu sono foi leve e sem descanso, cheio de pesadelos. Quando me levantei, chamei as mulheres pra me ajudar no banho, eu estava tão desanimada que queria qualquer companhia, tudo que eu queria era não ficar só. Niga dispensou esse serviço enquanto ele estava comigo, já que tomávamos banho juntos, e ele me ajudava a me vestir, penteava meus cabelos... A saudade já queimava fundo dentro de mim, como uma fome avassaladora, e só tinha se passado um dia.


Enquanto elas me banhavam eu já me preparava mentalmente pra procurar qualquer tarefa pra me manter ocupada, e com certeza eu não iria ao berçário. Seria novamente a garota mensageira.
Quando todas elas saíram eu me olhei no espelho. Meu cabelo solto e muito vermelho tinha uma tiara de pedras transparentes e furta- cores que não era desse mundo, elas brilhavam tanto que me hipnotizaram, eram losangos lindíssimos ligados um ao outro por um metal finíssimo que parecia que não suportaria o peso delas, o colar e os brincos tinham uma única pedra idêntica, no colar que pendia no decote a pedra estava em um cordão também finíssimo e lindo.
O vestido era creme perolado com detalhes pretos e até os joelhos, com a mesma cintura dura que delineava a cintura apertando para afiná- la ainda mais, nos pés uma sandália baixa e preta, muito chique e confortável.
Eu estava pronta para o primeiro dia longe do meu coração.


Quando abri a porta do quarto tinha um papel no chão, parecido com o papel do bilhete que Niga me deixou, peguei na esperança de ler mais algumas palavras dele e notei, como o outro, estava lacrado, endereçado a mim, mas numa letra disforme, como se tivesse escrito às pressas.
Abri e tinha duas linhas escritas no meio do papel, tive que decifrar cada palavra, com certeza não era de Niga, mas me intrigou muito, porque nunca recebi qualquer tipo de correspondência nesse tempo todo aqui, nem dos aliados do meu pai e nem de ninguém, talvez eles até tentaram mas foram todas interceptadas com certeza.
A letra era muito pequena e duma cor clara, mas lia- se claramente:

Venha me ver imediatamente, você é a única que pode me salvar, com esperança, Daniel.

Eu fiquei um tempo chocada demais para fazer qualquer coisa. Eu sabia no fundo do meu ser quem era, é claro! O homem forte da cicatriz que tinha sido preso à algum tempo.
Como ele tinha me enviado o bilhete? E como eu chegaria até ele? Ele parecia desesperado pra pedir minha ajuda. Eu fiquei imaginando como ele conseguiu que fosse entregue à mim um bilhete de um prisioneiro. Mas o que eu podia fazer? O subsolo era a prisão dos menos afortunados como ele. Acho que fui a única presa com uma cela no alto, todos os outros eram confinados no chão.
Ali a vigilância era intensiva e eu não conseguiria entrar nem que eu quisesse.
Com o passar do dia entregando mensagem pra lá e pra cá, eu estava morta de cansaço,  mas eu não conseguia tirar Daniel da minha cabeça. Eu não parava de pensar que ele não era filho de alguém importante que protegeria sua integridade física, ele era apenas outro humano comum, no meio de oito bilhões, sem ninguém por ele, ele só tinha a mim.


Aquela angústia durou mais dois dias, eu estava acabada, com olheiras e chorava de saudades de Niga e de compaixão por Daniel, sem saber como resolver uma coisa e nem outra.
Até receber um chamado urgente do Alto Comando. Eu deveria me apresentar imediatamente ao conselho. Eu não tinha idéia do que eles poderiam querer de mim sem meu marido junto.
Me arrumei tão depressa que nem estava vendo que roupa eu estava colocando, calcei os sapatos e fui aos tropeções pelos corredores.
Ao chegar ao grande salão algumas pessoas me esperavam ansiosas, humanos na maioria, alguns aliens também, pararam uma discussão quando me viram entrar.
-Estou aqui.-Que coisa idiota de se dizer, era óbvio que eu estava ali.Cambaleei até uma cadeira e me sentei, milhares de coisas passavam pela minha cabeça naqueles segundos intermináveis. Perguntei a primeira coisa que martelava minha mente: -Niga está bem?
-Niga está muito bem. -O alto comandante respondeu com uma carranca.
-Você está aqui por outro motivo Susan... precisamos de você.
Ele me disse muito calmo e ficou me encarando. Alguns humanos começaram a discutir entre si, fosse qual fosse o assunto, estavam todos nervosos.
-Um homem, da sua raça, -Ele apontou pra mim um dedo- Está sendo mantido aqui conosco, ele se recusa a comer, só que ele tem informações valiosas sobre um grupo de rebeldes e precisamos dela, ele nos disse que só entregará a você, e só comerá novamente na sua presença.
Acho que ele viu o choque em meu rosto, ficou me olhando como alguém olha pra uma pessoa idiota.
-Você entende a importancia disso? Podemos acabar com essa rebelião e declarar paz, de uma vez por todas. -Ele se sentou na minha frente, cruzou os dedos e ficou me encarando atentamente.
-Eu, eu... não sei o que fazer -Admiti.
-Você só vai conversar com ele, pedir que ele coma, ficar com ele para que coma se for necessário.


Ficaram todos esperando minha resposta.
-Claro que sim, isso eu posso fazer, quando? Todos pareciam aliviados, humanos e aliens.
-Imediatamente! -Respondeu o Alto Comandante.
Uns aliens que eu nunca tinha visto me fizeram acompanhá-los por túneis em espiral que descia cada vez mais pra dentro da terra. Esses aliens tinham olhares ferozes, brutais, com certeza encarregados da prisão. Alguns tinham cicatrizes no rosto, nas mãos e pescoços.
Quando finalmente chegamos, a porta tinha tecnologia que reconhecia os passantes, se vc não fosse autorizado à entrar ou sair, ficava preso nela, não como uma porta giratória de um banco do mundo antigo, mas preso dentro da estrutura da porta, imóvel e sem ar.
Depois de ser escaneada, a porta finalmente liberou minha passagem.
Era uma imensidão de túneis e alas, todas com nome com a língua indecifrável deles. Graças as aulas três vezes por semana eu já conseguia ler alguns símbolos.
Fomos entrando e virando a direita, esquerda, esquerda, direita novamente e esquerda por fim. Deparamos com uma porta blindada com uma pequena janela no alto, e acima dela lía-se, claramente: Tuaboo, (PERIGO).
Fiquei imaginando, como um homem que está fraco, sem comer à dias, pode ser um perigo?
Um estrondo ensurdecedor estrondou na porta, algo sendo atirado contra ela, com certeza.


Aporta foi aberta por fora, pelos aliens ferozes, um campo de energia surgiu imediatamente, no lugar dela. Dalí dava pra ver uma cadeira estilhaçada junto onde a porta estava anteriormente, uma cama revirada num canto, e um homem caído de bruços e nú, convulsionava no chão.
Gritei tanto  que o ajudassem e fizessem algo, fui empurrada para o lado e uma equipe surgiu do nada, ergueram sua cabeça  e me chamaram porta adentro.
Eu entrei vacilante, com medo de que estivesse morto.
Os médicos seguraram sua cabeça até o corpo se acalmar e as convulsões passarem.
Ele, Daniel, estava desacordado, caído de lado, tinha o corpo esculpido de músculos, queimado no sol do deserto, sua pele era dourada e bonita, cheias de cicatrizes, fora a maior delas, no rosto que repuxava um pouco seu lábio inferior.
No geral um homem bonito e forte,  mas estava mais magro desde que eu o vira pela primeira vez.
Um buraco  roxo, cheio de pus, se destacava no ombro direito. A ferida estava necrosando, sem tratamento.
-Porque não o trataram? -Eu fiquei perguntando feito louca, como eles tiveram coragem?
Tudo o que me disseram era que ele tinha recusado tratamento.
Não comia e não bebia, e quando tentaram tratá-lo, ele havia quase matado um médico.
-Ele só chamava por você, e a infecção causou a febre, que por sua vez causou as convulsões. Ele será tratado agora que está inconsciente.


Eu senti alívio por Daniel, não queria que ele morresse. Eu queria brigar com ele quando estivesse são o suficiente.
Queria perguntar por que havia me chamado, o que valia tanto a vida dele, que ele havia arriscado tudo por mim, pra me ver?
Era uma loucura!
Ele ficou recebendo os cuidados ali mesmo na cela, eu fui totalmente ignorada por algumas horas.
A ferida foi limpa e tratada, o corpo lavado e vestido.
Uma sonda foi instalada em seu corpo para que se alimentasse adequadamente.
A cama quebrada foi substituída por uma cama hospitalar.
Ele imóvel e pálido jazia ali, abatido e sozinho.
Depois que os médicos saíram, só eu lhe fazia companhia. Fui informada que ele dormiria alguns dias para que pudesse se curar adequadamente.


Eu não sei quantas horas passei ali, só saí pra dormir, e nos três dias seguintes, eu não deixava a sua cama, queria que ele me vesse quando acordasse, que soubesse que eu estava ali.
Eu olhava escondido sua ferida e no terceiro dia, apenas uma cicatriz rosada delatava que tinha estado doente. Os remédios deles eram maravilhosos.
No quarto dia, eu tinha saído pra ir ao banheiro, no corredor da cela, e quando voltei, ele mexia as mãos, abriu os olhos e cochichou, com a voz rouca pelo desuso:
-Você não sabe como é bom ver você! -Eu me aproximei da cama, peguei sua enorme mão e entrelacei nas minhas.
-Eu te digo o mesmo, Daniel!


Continua...