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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Nova História (Cáp 4)

 Katerinne

 Eu assinei o papel com mãos trêmulas e um sorriso bobo nos lábios, sem deixar de olhar para meu marido alí, em pé e de frente pra mim, que me olhava de volta, com um sorriso nos lábios que me deixava tonta de felicidade. Eu não sabia o que estava acontecendo com meu corpo perto de Will, me doía em partes estranhas, com uma necessidade que nunca antes tinha pensado existir.
Ele assinou logo depois de mim, oficializando de fato nosso casamento. Me sorriu e abriu a porta da biblioteca gritando ferozmente por Thomas.
--Onde está esse homem, mas que inferno!--Continuou berrando no corredor até que um Thomas vermelho e correndo apareceu na porta, com uma linda caixa de veludo verde esmeralda. Ele sorriu pra mim, pegou a caixa batendo a porta na cara de todos os empregados curiosos que se amontoavam no corredor, certamente titia não conseguira controlá-los.
Ele então ajoelhou-se e abriu a caixa, revelando um lindo anel de esmeralda em formato de gota, ladeado por minúsculos diamantes belíssimos. --Seu anel meu querido anjo, espero que goste e se não gostar poderemos escolher qualquer outro que quiser... esse anel é no tom exato dos seus olhos... foi também o anel de minha mãe, ela não o tirou até... bem, você sabe... --Ele tinha lágrimas nos olhos ao se lembrar da mãe.
Eu estendi a mão para que ele o colocasse em meu dedo, e ambos rimos quando o anel serviu perfeitamente. Ergui as mãos e fiquei admirando meu anel de casamento, já amando aquela jóia por tudo o que ela representava pra mim, meu laço eterno com o homem que eu amaria pra sempre.
--Será uma honra usar esse maravilhoso anel Will, que a duquesa se encontre em um bom lugar.--Desejei de coração, ele então me abraçou e me beijou ferozmente me erguendo em seu colo, pude sentir sua urgência, a mesma que queimava em meus sentidos. Sua masculinidade estava apertada e evidente em suas calças, roçando minha intimidade.

O barulho do lado de fora se tornou mais alto, titia tentava em vão conter toda a criadagem, isso fez com que nos separássemos e abríssemos a porta. Will transformou seu lindo rosto em uma carranca, ao gritar para todos que se calassem. Todos olharam assustados e fizeram uma fila no corredor em silêncio, esperando o que ele ia dizer. Ele pegou minha mão esquerda e me conduziu porta à fora, fazendo questão de mostrar a todos meu anel de casamento em meu dedo.
--Apresento minha amada esposa, Katerinne, sua alteza real, duquesa de York. --Will tinha tanto orgulho na voz que me deixou orgulhosa também pela primeira vez, eu tinha sido a escolhida do seu coração, para ter seu título e posição e uma vida toda ao seu lado. Era mais do que eu sonhei algum dia. Meu coração batia descompassado, mal acreditando na imensa felicidade.
Os criados fizeram uma reverência formal e bateram palmas. E foram de um em um me cumprimentando e desejando felicidades e muitos filhos, o que fazia meu rosto arder em chamas pensando no que estava por vir logo mais a noite.
Titia correu até nos e nos encheu de beijos, chorando, Will meio constrangido, afastou titia gentilmente, mas também lhe deu um beijo na testa.

--Agora que está tudo resolvido voltem para suas tarefas, esvaziem esse corredor, já! --Sua voz de trovão ecoou no corredor e assustados os criados saíram correndo e em poucos segundos encontravam-se apenas nós três olhando um para outro, sorrindo feitos bobos.
--Por favor tia Dóris, providencie a mudança dos pertences de Kat para meus... --Disse Will nos trazendo à realidade... --Para os nossos aposentos, e hã... um vestido para a cerimônia de casamento na capela, que vai acontecer em... uma hora. E sorriu para amenizar seu pedido e não parecer uma ordem. Titia quase teve um ataque, me pegou pela mão e me puxou correndo para algum lugar, não sem antes recomendar um bom banho à Will e reclamando coisas sem sentido de como não seria fácil aprontar tanto em pouco tempo e gargalhando no meio da frase. Segui titia sem olhar por onde andava e tropecei mais de uma vez nos próprios pés olhando para Will até perdê-lo de vista.

Uma hora depois o padre abria as portas da pequena igreja da propriedade ainda bocejando de sono. Todos os criados e suas famílias e habitantes próximos foram chamados às pressas para o casamento, assim como algumas pessoas importantes também. Will já me aguardava de pé na porta, tinha tomado banho e seu cabelo molhado estava penteado e caía desalinhado nos ombros, seu terno era magnífico, de um lindo tom de cinza chumbo que fazia jogo com seus maravilhosos olhos, contrastando com a camisa e gravata brancas, no meio da gravata, uma esmeralda do tamanho de um ovo de pombo reluzia conforme ele se mexia, refletindo em tons lindos de verde, tinha uma flor branca presa ao terno também. Seu rosto se iluminou ao me ver, e seu sorriso o deixou tão lindo que me deu um nó nas entranhas, ele estava tão lindo e em breve pertenceria à mim, diante dos homens e de Deus.

Senti lágrimas nos olhos. esperava que me vestido fosse apropriado, afinal tinha custado três vezes mais garantiu titia, a modista que atendia a mansão, vendo a urgência, aproveitou para se beneficiar com o preço exorbitante, mas titia se sentiu satisfeita, disse que realmente o vestido foi feito para uma duquesa. Era branco puro, com muitas camadas de cetim e revestido de tule leve e fino, deixando as saias bem volumosas, o corpete era apertado como estava na moda, deixando minha cintura ainda mais fina e todo bordado em prata, formando lindos padrões que se repetiam na barra das saias. Um véu finíssimo cobria meu rosto até a cintura e descia pelas minhas costas a se arrastava numa calda enorme atrás de mim. Meus cabelos tinham sido lavado e secos com toalhas quentes e caíam sedosos e soltos nas costas. Os brincos idênticos ao anel foram trazidos por Thomas ao nosso quarto e titia chorou quando finalmente fiquei pronta.
Titia me desejou felicidades e ficou vermelha quando disse o que aconteceria em nossa cama  logo mais a noite, ela já sabia que eu sabia mas disse que era seu dever, para que eu não temesse nada e deixasse "tudo fluir naturalmente", que deixasse tudo com Will, porque ele era experiente e saberia "conduzir tudo como deveria ser" e quando entramos na carruagem que nos levaria à igreja ela disse que era importante que eu "não ficasse tensa, para que não doesse". Ela estava constrangida mas pareceu aliviada quando eu afirmei que me lembraria dos seu conselhos. 

A cerimônia foi rápida e linda, e quando dissemos nossos votos de fidelidade um ao outro, o céu clareou com os primeiros raios de sol. Ficamos todos admirados em como coincidiu o sol nascer naquele exato momento. Tudo passou num borrão e quando dei por mim estava deitada pra descansar antes do almoço, na enorme cama de dossel do duque, ou melhor na nossa cama.
Ele tinha sido proibido de entrar ali até depois do jantar disse titia. ele foi levado por Thomas e outros homens que estavam no casamento para o escritório, certamente para conversarem e para fumar um charuto longe das damas presentes, como era costume. Mas notei que ele olhava pra trás até sumir escada abaixo e seu rosto estava contrariado. Todos os convidados foram convidados à retornar à mansão para o almoço de casamento que aconteceria às três da tarde.
Fiquei deitada na cama ainda com meu vestido de noiva, com pensamentos impróprios para uma duquesa, pensando o que aconteceria naqueles lençóis de cetim negros em breve e que fosse de minha vontade e da vontade de Deus, que eu concebesse uma criança ainda naquela noite, orei baixinho. Sorri e fechei os olhos adormecendo em seguida sonhando com lindas crianças de olhos cinzentos.

Quando acordei titia falava sem parar, criadas despejavam baldes de água quente na banheira, abriu as cortinas e o sol da tarde inundou o quarto, apareceu com um lindo vestido de veludo vermelho bordado com fios de prata que formavam pássaros nas mangas e no corpete , me puxou pelas mãos até que eu fiquei em pé ainda bocejando.
Meu corpo estava dolorido por ter dormido com meu vestido de noiva e pela surpresa de algumas atrás que eu vi realmente que não era um sonho quando Thomas bateu na porta e trouxe um bilhete de Will, eu ri em lembrar o que meu marido escreveu, fiquei vermelha até a raiz dos cabelos e joguei o bilhete na lareira.
"Minha esposa querida, ansioso para ficarmos finalmente à sós, mal posso esperar por beijá-la inteira, com amor, W"

Titia entrou em pouco depois e com um batalhão de criadas, o vestido foi arrancado pela minha cabeça. Depois de um rápido banho me ajudou a me vestir e fez um lindo penteado em cascata no meus cabelos. Prendeu um pente de osso cravejado de diamantes em meus cabelos e um colar igual no meu pescoço. Quando olhei no espelho eu perdi o fôlego, era uma visão maravilhosa. Meu rosto estava corado e minhas entranhas se contorciam de antecipação.
--Agora todas as jóias são suas minha querida, Will faz questão disso! Titia também estava com outro vestido e cheirava à rosas, com certeza ela arrumou tempo para um banho, afinal era ela quem receberia os convidados no hall de entrada.

Durante o almoço que teve sete pratos, sopas e pães, mais quatro sobremesas, eu mal toquei na comida, ansiosa demais para comer, as horas se arrastavam e como bom anfitrião, o duque conversava com todos e sempre erguia sua taça toda vez que alguém sugeria um brinde. Ele conversou com todos os presentes, riu com cortesia, mas sempre me olhava da cabeceira da mesa com seu olhar cinzento de predador. Eu não aguentava mais esperar, queria estar com ele finalmente, abraçar e nunca mais soltar. Mas teria que esperar até todos irem embora. O relógio batia exatamente as dezenove horas, e não havia sinal de ninguém partir. Meu traseiro dava câimbras de ficar tanto tempo sentada. Pensei em arrumar uma desculpa para me retirar, mas nenhuma pareceria de bom tom. O jeito era esperar. O rosto de Will não transparecia nada seus sentimentos, mas pelos olhares furtivos, parecia tão ansioso quanto eu.
Fomos colocados sentados nos extremos da mesa, bem de frente um para o outro, mas pelo tamanho da mesa uma conversa era inviável. Podíamos somente nos olhar, numa tortura para os sentidos. Eu estava tão feliz que achei que fosse desmaiar, belisquei um pedaço de bolo doce de limão, o meu preferido e quando mastigava quase engasguei com o olhar de Will, ele engolia junto comigo, num sinal claro que ele queria a mesma coisa que eu, sair correndo dalí um no braço do outro.

Willian

O maldito almoço se transformara em jantar e ninguém mais parecia querer voltar para seus afazeres. Fiquei pensando se poderia inventar uma desculpa, mas não queria parecer um noivo ansioso demais, e quando o relógio bateu às dez da noite eu me levantei num rompante, não suportaria mais nenhum cumprimento ou felicitações de bêbados. Olhei todos da mesa então todos se levantaram também, dando por encerrado o detestável almoço/jantar. Expliquei que a festa continuaria nos jardins e que todos estavam convidados à passar a noite, mas eu e a duquesa estávamos muito cansados com os últimos acontecimentos que precisávamos nos retirar.
Entre muitos risos e aplausos consegui dar a volta na mesa e puxar Kat pela mão e subir as escadas calmamente.
Quando alcançamos o andar superior, estava vazio e me deu um imenso alívio não ouvir mais as vozes e a música que continuaria até muito mais tarde.
A duquesa segurava minha mão com um pouco a mais de força que o normal, olhei seu rosto e Kat mordia os lábios, certamente nervosa como eu. Eu a abracei ali em frente nosso quarto e a olhei nos olhos.
--Você confia em mim? --Queria tranquiliza-la. Ela sorriu e me apertou ainda mais.
--Claro que sim, com minha vida... Mas eu tenho medo de não saber... -- Eu a silenciei com um beijo. Não queria que ela fosse temerosa à nossa cama. Olhei em seus olhos verdes e a beijei na testa.
--Não há nada à temer minha doce esposa, temos toda nossa vida para estarmos juntos e eu jamais faria qualquer coisa para machucá-la, no seu coração ou ao seu lindo corpo, você me entende?--Kat sorriu e assentiu com a cabeça.
Empurrei a porta com o pé escancarando-a, peguei minha linda esposa no colo e caminhei até a cama 

Continua...