Sejam bem vindos ao meu blog!

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Série Poldark (BBC One)

Dica de série: Poldark

Foto oficial da série



Vagueando por essa internet maravilhosa em um dia de preguiça eu procurava alguma coisa, filme ou série de época para assistir e encontrei essa série britânica e fiquei meio com o pé atrás de assistir, porquê o que mais tem por aí hoje em dia são adaptações de livros clássicos que são um lixo! 
Amo filmes e séries que mostrem a França, Escócia ou Inglaterra do século 16, 17 ou 18, por ser um período riquíssimo da história mundial que teve muitas revoluções e mudanças que refletiram em toda sociedade desse países e influenciaram acontecimentos semelhantes no mundo todo!


Mas qual foi minha surpresa? Amei e devorei a série em poucos dias, já tem 3 temporadas com dez episódios cada e a 4º temporada está prevista para estrear esse ano entre junho e setembro pela BBC One de Londres, tem na Netflix? Não, não tem, uma pena! Mas se vc quiser assistir vc encontra em muitos sites na internet da vida dando sopa por aí!

Geralmente eles, os produtores, pegam livros bons e mudam tantas coisas que o trabalho no final acabava virando um dramalhão mexicano sem muito conteúdo, uma pena! E eu traumatizada, (dramática, rssss), fui procurar saber se tinha livros e etc.
Encontrei muita coisa falando que se tratava de doze livros já publicados em inglês entre 1945 e 2002 por Winston Graham, o homem escreve muito e já virou um clássico da literatura inglesa. No Brasil foi lançado em janeiro de 2018 (super recente!) apenas o primeiro volume, Ross Poldark, e é claro que já comprei o meu e amei, o livro é publicado pela Pedrazul Editora que já estão traduzindo o próximo volume à ser publicado ainda esse ano, de título Demelza.
Capa do livro publicado no Brasil


A História

A história se passa na Cornualha, Inglaterra, no final do século 18, contando a historia da família Poldark ao longo de 40 anos, começando pelo patriarca da família Ross Poldark. 
Nessa época a Inglaterra passava por grandes transformações sociais e culturais e é nesse cenário que conhecemos nosso amado protagonista, o jovem capitão Ross Poldark, que depois de lutar na guerra de independência dos Estados Unidos e quase perder a vida, volta para casa para encontrar um cenário desolador: Seu pai está morto e não deixou nada além de dívidas, a propriedade hipotecada, as minas de cobre que gerava fortuna agora fechadas e a mulher que ele amava e que esperava reencontrar, está noiva de seu primo.

Por que vale a pena ver?

Os cenários usados são realmente espetaculares e tiveram locações reais de minas de cobre da Cornualha, os figurinos são esplêndidos e as atuações dos atores dignas de oscars.
Aidan Turner foi uma escolha espetacular para viver o protagonista, ele já fez outras séries e recentemente foi o anão Kili nos filmes da saga O Hobbit.
Eu ri, chorei e torci por eles em igual medida, a série não deixa nada à desejar, sendo que, até muitos diálogos da série são exatamente como nos livros, realmente um ótimo trabalho de adaptação!
O ator Aidan Turner como o anão Kili na saga The Hobbit


Onde Assistir?

Eu assisti nesses sites com áudio inglês e legenda razoável (feita por fãs)
Site um
Site dois

Vídeo promocional lindo da série desse mês por causa do dia dos namorados de lá da Europa:



Assistam! Tenho certeza que vcs vão amar Ross Poldark e sua família desajustada assim como eu, leiam também o livro que é maravilhoso e rico em detalhes!
Boa semana pra vcs!

domingo, 10 de dezembro de 2017

Nova História (Cap 5)

William

Nada havia me preparado para tamanha beleza. A duquesa era a mulher mais linda e desejável que eu poderia imaginar, não imaginava que seu corpo tinha o tamanho perfeito para se encaixar ao meu.
Tudo fluiu tão intensamente e tão perfeitamente que nada se ouvia no quarto, a não ser nossas respirações entrecortadas por beijos e pelo martelar de nossos corações em nossos ouvidos.
Quando estávamos plenamente satisfeitos ela me sorria com bochechas coradas e lábios meio inchados e seus beijos queriam muito mais, eu sorri de volta. Tudo nela me fazia ansiar por mais. Mas eu sabia que ela estaria muito dolorida pela manhã, então me segurei para deixá-la dormir.
Ela se aninhou aos meus braços e eu nunca me senti tão confortável em toda minha vida, queria estar ao seu lado para sempre e muito mais tempo depois disso se fosse possível!

Katerinne

Ao acordar pela manhã meu corpo sofreu ao tentar me espreguiçar, tudo estava doendo, inclusive entre as pernas, me fez lembrar das dores no corpo quando caí do meu cavalo, Cádmo. Eu olhei ao meu lado e meu amor dormia tão sereno e tão profundamente que não quis acordá-lo, suas feições estavam serenas, ele estava de bruços, o cabelo emaranhado e  muito, muito lindo. Me fez lembrar de quando ele estava inalcançável para mim, quando tudo parecia um sonho distante. Mas era realidade, ele era agora de fato e de verdade meu marido. Minhas bochechas arderam quando lembrei tudo o que fizemos, de como Will era lindo e delicioso sem roupa. Devo ter feito algum barulho pois ele abriu os olhos e me sorriu me puxando para seus braços.
Eu queria muito perguntar algo mas segurei a língua, talvez titia soubesse então conversaria com ela mais tarde.
Os primeiros raios de sol estavam entrando pela fresta  da janela em frente a cama e eu alí em seus braços só imaginava quando eu iria parar de querê-lo, talvez nunca! Ele percebeu algo em meus rosto, me olhou com aqueles lindos olhos cinza que fez meu coração derreter, não havia nada no mundo que eu não faria para faze-lo feliz.
-Bom dia esposa! --Ele me cumprimentou e me beijou me deixando sem fôlego e meu coração aos pulos.
--Bom dia, meu amor! --Respondi meio tímida, seus olhos me olhavam esperando que eu falasse algo.
--Não é nada Will, apenas... perguntas constrangedoras de principiante... sorri meio sem graça.
Tentei levantar da cama e ele me segurou mas conseguiu apenas puxar o lençol, andei até a bacia para lavar o rosto completamente nua e sob seu olhar devorador de felino prestes a atacar a presa.
Lavei meu rosto em chamas mais demoradamente que o normal, estava protelando, não queria perguntar pra ele.
--Vamos duquesa, estou esperando! --Ele fingiu autoridade. Eu caminhei de volta até a cama e me aninhei em sues braços, não sabia como podia ter sobrevivido até agora sem ser abraçada assim.
Ele me beijava em todos os lugares e me olhava de novo, com a pergunta muda em seus olhos. Foi quando ele me beijava e sugava um mamilo em seus lábios que eu finalmente me rendi, já pronta para fazer o que ele quisesse que ele ficou me olhando e me acariciando que eu finalmente tomei coragem.
--Quantas vezes temos que... bom você sabe... para fazer uma criança?--Ele me olhou extasiado.
Primeiro ele riu sua risada de trovão e então me beijou tanto que meus lábios doeram, mas era uma dor boa, que fazia nascer uma urgência dentro de mim que só Will poderia satisfazer.
Ele ficou sério e sentou na cama, me olhou alí deitada e pigarreou.

--Bom, para algumas pessoas basta uma única vez, outras demoram mais, não tem como saber ao certo... porque quer saber? --Ele ficou meio constrangido.
Ele olhou para baixo meio triste de repente.
--Sempre pensei em um herdeiro é claro, sei que é minha obrigação, só que... Bom, sempre sonhei com uma família grande, já que sempre fui sozinho, sem irmãos ou irmãs... Nas férias da escola eu não queria voltar, tinha que aturar meu pai e ele não permitia visitantes da minha idade porque não suportava crianças, você não imagina a alegria que era quando Thomas era autorizado a passar alguns dias aqui, o quanto a gente aprontava... ele sorriu.
--Bom, que tal garantir o herdeiro agora, talvez mais algumas vezes eu possa ficar mais tranquila com nossa família já encomendada...
Ele sorriu tão maliciosamente que me arrepiou, me pegou nos braços e me amou tanto que eu não imaginei ser possível e quando finalmente caímos na cama exaustos o sol já estava alto no céu, talvez fosse meio-dia, estava completamente perdida no tempo e perdidamente apaixonada, ambos pegamos no sono novamente conversando sobre nossas futuras crianças.

Continua...













quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Nova História (Cáp 4)

 Katerinne

 Eu assinei o papel com mãos trêmulas e um sorriso bobo nos lábios, sem deixar de olhar para meu marido alí, em pé e de frente pra mim, que me olhava de volta, com um sorriso nos lábios que me deixava tonta de felicidade. Eu não sabia o que estava acontecendo com meu corpo perto de Will, me doía em partes estranhas, com uma necessidade que nunca antes tinha pensado existir.
Ele assinou logo depois de mim, oficializando de fato nosso casamento. Me sorriu e abriu a porta da biblioteca gritando ferozmente por Thomas.
--Onde está esse homem, mas que inferno!--Continuou berrando no corredor até que um Thomas vermelho e correndo apareceu na porta, com uma linda caixa de veludo verde esmeralda. Ele sorriu pra mim, pegou a caixa batendo a porta na cara de todos os empregados curiosos que se amontoavam no corredor, certamente titia não conseguira controlá-los.
Ele então ajoelhou-se e abriu a caixa, revelando um lindo anel de esmeralda em formato de gota, ladeado por minúsculos diamantes belíssimos. --Seu anel meu querido anjo, espero que goste e se não gostar poderemos escolher qualquer outro que quiser... esse anel é no tom exato dos seus olhos... foi também o anel de minha mãe, ela não o tirou até... bem, você sabe... --Ele tinha lágrimas nos olhos ao se lembrar da mãe.
Eu estendi a mão para que ele o colocasse em meu dedo, e ambos rimos quando o anel serviu perfeitamente. Ergui as mãos e fiquei admirando meu anel de casamento, já amando aquela jóia por tudo o que ela representava pra mim, meu laço eterno com o homem que eu amaria pra sempre.
--Será uma honra usar esse maravilhoso anel Will, que a duquesa se encontre em um bom lugar.--Desejei de coração, ele então me abraçou e me beijou ferozmente me erguendo em seu colo, pude sentir sua urgência, a mesma que queimava em meus sentidos. Sua masculinidade estava apertada e evidente em suas calças, roçando minha intimidade.

O barulho do lado de fora se tornou mais alto, titia tentava em vão conter toda a criadagem, isso fez com que nos separássemos e abríssemos a porta. Will transformou seu lindo rosto em uma carranca, ao gritar para todos que se calassem. Todos olharam assustados e fizeram uma fila no corredor em silêncio, esperando o que ele ia dizer. Ele pegou minha mão esquerda e me conduziu porta à fora, fazendo questão de mostrar a todos meu anel de casamento em meu dedo.
--Apresento minha amada esposa, Katerinne, sua alteza real, duquesa de York. --Will tinha tanto orgulho na voz que me deixou orgulhosa também pela primeira vez, eu tinha sido a escolhida do seu coração, para ter seu título e posição e uma vida toda ao seu lado. Era mais do que eu sonhei algum dia. Meu coração batia descompassado, mal acreditando na imensa felicidade.
Os criados fizeram uma reverência formal e bateram palmas. E foram de um em um me cumprimentando e desejando felicidades e muitos filhos, o que fazia meu rosto arder em chamas pensando no que estava por vir logo mais a noite.
Titia correu até nos e nos encheu de beijos, chorando, Will meio constrangido, afastou titia gentilmente, mas também lhe deu um beijo na testa.

--Agora que está tudo resolvido voltem para suas tarefas, esvaziem esse corredor, já! --Sua voz de trovão ecoou no corredor e assustados os criados saíram correndo e em poucos segundos encontravam-se apenas nós três olhando um para outro, sorrindo feitos bobos.
--Por favor tia Dóris, providencie a mudança dos pertences de Kat para meus... --Disse Will nos trazendo à realidade... --Para os nossos aposentos, e hã... um vestido para a cerimônia de casamento na capela, que vai acontecer em... uma hora. E sorriu para amenizar seu pedido e não parecer uma ordem. Titia quase teve um ataque, me pegou pela mão e me puxou correndo para algum lugar, não sem antes recomendar um bom banho à Will e reclamando coisas sem sentido de como não seria fácil aprontar tanto em pouco tempo e gargalhando no meio da frase. Segui titia sem olhar por onde andava e tropecei mais de uma vez nos próprios pés olhando para Will até perdê-lo de vista.

Uma hora depois o padre abria as portas da pequena igreja da propriedade ainda bocejando de sono. Todos os criados e suas famílias e habitantes próximos foram chamados às pressas para o casamento, assim como algumas pessoas importantes também. Will já me aguardava de pé na porta, tinha tomado banho e seu cabelo molhado estava penteado e caía desalinhado nos ombros, seu terno era magnífico, de um lindo tom de cinza chumbo que fazia jogo com seus maravilhosos olhos, contrastando com a camisa e gravata brancas, no meio da gravata, uma esmeralda do tamanho de um ovo de pombo reluzia conforme ele se mexia, refletindo em tons lindos de verde, tinha uma flor branca presa ao terno também. Seu rosto se iluminou ao me ver, e seu sorriso o deixou tão lindo que me deu um nó nas entranhas, ele estava tão lindo e em breve pertenceria à mim, diante dos homens e de Deus.

Senti lágrimas nos olhos. esperava que me vestido fosse apropriado, afinal tinha custado três vezes mais garantiu titia, a modista que atendia a mansão, vendo a urgência, aproveitou para se beneficiar com o preço exorbitante, mas titia se sentiu satisfeita, disse que realmente o vestido foi feito para uma duquesa. Era branco puro, com muitas camadas de cetim e revestido de tule leve e fino, deixando as saias bem volumosas, o corpete era apertado como estava na moda, deixando minha cintura ainda mais fina e todo bordado em prata, formando lindos padrões que se repetiam na barra das saias. Um véu finíssimo cobria meu rosto até a cintura e descia pelas minhas costas a se arrastava numa calda enorme atrás de mim. Meus cabelos tinham sido lavado e secos com toalhas quentes e caíam sedosos e soltos nas costas. Os brincos idênticos ao anel foram trazidos por Thomas ao nosso quarto e titia chorou quando finalmente fiquei pronta.
Titia me desejou felicidades e ficou vermelha quando disse o que aconteceria em nossa cama  logo mais a noite, ela já sabia que eu sabia mas disse que era seu dever, para que eu não temesse nada e deixasse "tudo fluir naturalmente", que deixasse tudo com Will, porque ele era experiente e saberia "conduzir tudo como deveria ser" e quando entramos na carruagem que nos levaria à igreja ela disse que era importante que eu "não ficasse tensa, para que não doesse". Ela estava constrangida mas pareceu aliviada quando eu afirmei que me lembraria dos seu conselhos. 

A cerimônia foi rápida e linda, e quando dissemos nossos votos de fidelidade um ao outro, o céu clareou com os primeiros raios de sol. Ficamos todos admirados em como coincidiu o sol nascer naquele exato momento. Tudo passou num borrão e quando dei por mim estava deitada pra descansar antes do almoço, na enorme cama de dossel do duque, ou melhor na nossa cama.
Ele tinha sido proibido de entrar ali até depois do jantar disse titia. ele foi levado por Thomas e outros homens que estavam no casamento para o escritório, certamente para conversarem e para fumar um charuto longe das damas presentes, como era costume. Mas notei que ele olhava pra trás até sumir escada abaixo e seu rosto estava contrariado. Todos os convidados foram convidados à retornar à mansão para o almoço de casamento que aconteceria às três da tarde.
Fiquei deitada na cama ainda com meu vestido de noiva, com pensamentos impróprios para uma duquesa, pensando o que aconteceria naqueles lençóis de cetim negros em breve e que fosse de minha vontade e da vontade de Deus, que eu concebesse uma criança ainda naquela noite, orei baixinho. Sorri e fechei os olhos adormecendo em seguida sonhando com lindas crianças de olhos cinzentos.

Quando acordei titia falava sem parar, criadas despejavam baldes de água quente na banheira, abriu as cortinas e o sol da tarde inundou o quarto, apareceu com um lindo vestido de veludo vermelho bordado com fios de prata que formavam pássaros nas mangas e no corpete , me puxou pelas mãos até que eu fiquei em pé ainda bocejando.
Meu corpo estava dolorido por ter dormido com meu vestido de noiva e pela surpresa de algumas atrás que eu vi realmente que não era um sonho quando Thomas bateu na porta e trouxe um bilhete de Will, eu ri em lembrar o que meu marido escreveu, fiquei vermelha até a raiz dos cabelos e joguei o bilhete na lareira.
"Minha esposa querida, ansioso para ficarmos finalmente à sós, mal posso esperar por beijá-la inteira, com amor, W"

Titia entrou em pouco depois e com um batalhão de criadas, o vestido foi arrancado pela minha cabeça. Depois de um rápido banho me ajudou a me vestir e fez um lindo penteado em cascata no meus cabelos. Prendeu um pente de osso cravejado de diamantes em meus cabelos e um colar igual no meu pescoço. Quando olhei no espelho eu perdi o fôlego, era uma visão maravilhosa. Meu rosto estava corado e minhas entranhas se contorciam de antecipação.
--Agora todas as jóias são suas minha querida, Will faz questão disso! Titia também estava com outro vestido e cheirava à rosas, com certeza ela arrumou tempo para um banho, afinal era ela quem receberia os convidados no hall de entrada.

Durante o almoço que teve sete pratos, sopas e pães, mais quatro sobremesas, eu mal toquei na comida, ansiosa demais para comer, as horas se arrastavam e como bom anfitrião, o duque conversava com todos e sempre erguia sua taça toda vez que alguém sugeria um brinde. Ele conversou com todos os presentes, riu com cortesia, mas sempre me olhava da cabeceira da mesa com seu olhar cinzento de predador. Eu não aguentava mais esperar, queria estar com ele finalmente, abraçar e nunca mais soltar. Mas teria que esperar até todos irem embora. O relógio batia exatamente as dezenove horas, e não havia sinal de ninguém partir. Meu traseiro dava câimbras de ficar tanto tempo sentada. Pensei em arrumar uma desculpa para me retirar, mas nenhuma pareceria de bom tom. O jeito era esperar. O rosto de Will não transparecia nada seus sentimentos, mas pelos olhares furtivos, parecia tão ansioso quanto eu.
Fomos colocados sentados nos extremos da mesa, bem de frente um para o outro, mas pelo tamanho da mesa uma conversa era inviável. Podíamos somente nos olhar, numa tortura para os sentidos. Eu estava tão feliz que achei que fosse desmaiar, belisquei um pedaço de bolo doce de limão, o meu preferido e quando mastigava quase engasguei com o olhar de Will, ele engolia junto comigo, num sinal claro que ele queria a mesma coisa que eu, sair correndo dalí um no braço do outro.

Willian

O maldito almoço se transformara em jantar e ninguém mais parecia querer voltar para seus afazeres. Fiquei pensando se poderia inventar uma desculpa, mas não queria parecer um noivo ansioso demais, e quando o relógio bateu às dez da noite eu me levantei num rompante, não suportaria mais nenhum cumprimento ou felicitações de bêbados. Olhei todos da mesa então todos se levantaram também, dando por encerrado o detestável almoço/jantar. Expliquei que a festa continuaria nos jardins e que todos estavam convidados à passar a noite, mas eu e a duquesa estávamos muito cansados com os últimos acontecimentos que precisávamos nos retirar.
Entre muitos risos e aplausos consegui dar a volta na mesa e puxar Kat pela mão e subir as escadas calmamente.
Quando alcançamos o andar superior, estava vazio e me deu um imenso alívio não ouvir mais as vozes e a música que continuaria até muito mais tarde.
A duquesa segurava minha mão com um pouco a mais de força que o normal, olhei seu rosto e Kat mordia os lábios, certamente nervosa como eu. Eu a abracei ali em frente nosso quarto e a olhei nos olhos.
--Você confia em mim? --Queria tranquiliza-la. Ela sorriu e me apertou ainda mais.
--Claro que sim, com minha vida... Mas eu tenho medo de não saber... -- Eu a silenciei com um beijo. Não queria que ela fosse temerosa à nossa cama. Olhei em seus olhos verdes e a beijei na testa.
--Não há nada à temer minha doce esposa, temos toda nossa vida para estarmos juntos e eu jamais faria qualquer coisa para machucá-la, no seu coração ou ao seu lindo corpo, você me entende?--Kat sorriu e assentiu com a cabeça.
Empurrei a porta com o pé escancarando-a, peguei minha linda esposa no colo e caminhei até a cama 

Continua...

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Vídeo novo no canal!


Aprenda à fazer sabões de todos os tipos, líquidos e em barras!

Aprenda à fazer sabão sem sair de casa!

No meu canal no YouTube temos vídeos que ensinam à fazer muitos tipos de sabões caseiros.
São sabões para todos os gostos, usos diversos, com cores e funções específicas. Confira abaixo fotos dos sabões variados que você pode aprender nos vídeos.
Os vídeos são objetivos, curtos e explicados detalhadamente e mesmo depois, se restar alguma dúvida, fique à vontade para comentar nos vídeos e ou mandar um email para: esterhuggler@gmail.com, que terei o maior prazer em ajudar. Veja as fotos e se apaixone você também pela "sabãoterapia". Faça sabões caseiros com os óleos que seriam descartados e ajude o planeta e o seu bolso, ambos agradecem! Lembrando que no canal também temos receitas de sabões sem o uso de SODA CÁUSTICA, então acesse e escolha qual mais se adapta ao seu estilo!

Esses sabões variados você encontra no canal no youtube, acesse  aqui

Fazendo sabões caseiros estamos ajudando à poluir menos, reaproveitando óleos que seriam descartados na natureza, poluindo solo e água, seja consciente!

No canal temos muitos vídeos explicativos passo à passo ensinando à fazer sabões líquidos e em barras pra você aprender e nunca mais esquecer e economizar muito, é claro!
 Acesse a playlist que tem todos os sabões do canal, você clica e vai direto nos vídeos desse tema, sem precisar ficar procurando, clique aqui e confira!
Seja esperto, economize com a compra de sabões industrializados que nem sempre trás o resultado esperado e que muitas vezes, ainda polui os rios e o solo,  e tenha consciência! Se cada um reciclasse o seu lixo o planeta estaria salvo, você pode começar reutilizando o seu óleo usado para fazer esses maravilhosos sabões!
Eu entrei nessa de fazer sabão como terapia e virou um maravilhoso hobby, agora faço, distribuo para família, faço doações até na igreja que frequento, com amor e perseverança chegaremos lá com certeza! Faça sabão caseiro e seja feliz!

Ester Huggler

Veja como é fácil reaproveitar sobras de sabão caseiro! (vídeo novo!)


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Nova História (capítulo 3)

Katerinne

Ele estava voltando e eu estava nas nuvens. Demorou algum tempo para ele ser localizado e finalmente voltaria no dia seguinte. Titia nunca me disse o que relatara na carta para o duque e eu não perguntei. Não queria saber, estava nervosa demais com nosso encontro iminente. Minha aparência não era das melhores mas, eu tentaria muito estar apresentável. Olheiras fundas marcavam meus olhos, o rosto estava mais fino e pálido e meu vestido precisou ser ajustado nos dois lados. Certamente se apaixonar não tinha nada de belo como diziam os romances, era tudo sofrimento sem fim, como aprendi na prática.
O duque já era imponente o bastante por ser da realeza mas, na verdade, o que o tornava nobre, além da sua imensa beleza física, era, sem dúvida, a beleza de sua alma. Ajudar a paróquia local com suprimentos para o inverno, era uma das muitas atividades sociais que ele estava envolvido. Titia Dóris me explicou que sem a ajuda do duque, o pároco não teria como alimentar ou abrigar do frio os andarilhos e pedintes.
Tudo era feito de forma discreta, afinal os mais abastados acreditavam que não deviam ajudar ou sequer interferir no modo de vida das pessoas simples e que sua situação era normal. Um absurdo!
Saber de suas enormes virtudes só fez crescer ainda mais meu amor por Will, não sabia que seria possível amar tanto.
Tomei um longo banho de banheira e lavei os cabelos. Escolhi com cuidado uma roupa para o dia seguinte. Uma que o duque tinha me dado no mesmo dia que me trouxera o potro árabe. Um vestido lindo verde, bordado com fios de ouro nas mangas que desciam até o chão. Os padrões bordados nas saias mostravam tulipas entrelaçadas umas nas outras. Um vestido lindo que destacavam meus olhos.
Seria com esse que eu o receberia em casa. Queria deixá-lo satisfeito mas sem  deixar transparecer meus sentimentos, tinha medo de ser mandada embora para a escola ou mesmo para o convento.
Eu seguiria à risca o conselho de titia, amá-lo de longe, porque pelo menos agora estaríamos juntos.
Tudo foi preparado para o dia seguinte, titia fez questão disso. A mansão em estilo gótico foi limpa de alto à baixo, roupas de cama, toalhas e cortinas foram trocadas. Os alimentos preferidos de Will foram comprados na cidade e pré-preparados. Teríamos carne assada, batatas grelhadas e muitas frutas, leite, ovos, suco de frutas, uma infinidade de doces, pudins e geléias e é claro, whisky, seu preferido era um escocês que eu nem sei o nome, com um cheiro delicioso, mas ao abrir a garrafa e respirar o cheiro eu fiquei levemente tonta com o álcool. Uma bebida cara, sem dúvida.
Eu fui para a cama bem tarde da noite e dormi imaginando se levaria uma bronca por tudo o que aconteceu. Afinal de contas o duque era meu guardião legal e responsável por mim. Eu não tinha idéia do que eu falaria para ele já que eu não poderia dizer meus motivos.
Escutei um barulho de carruagem mas pensei que fosse um sonho. Levantei correndo da cama e me enrolei num robe e olhei para fora pela alta janela e vi uma carruagem chegar. Fosse quem fosse estava numa carruagem de aluguel, não dava para saber de quem se tratava, a carruagem era preta e seus ocupantes foram encobertos pela noite e entraram anônimos na mansão. Fui para o corredor e olhei para o enorme relógio de pêndulo no final deste, eram exatamente três da manhã.
O barulho dos criados começou lentamente e logo depois começou a aumentar, cinco minutos depois a casa era uma correria. Titia me encontrou no corredor ainda com trajes de dormir e me mandou voltar para o quarto, eu obedeci prontamente. Semanas de sono irregular cobraram seu preço e eu estava dormindo em pé.
Mas minha curiosidade não me deixava dormir e depois de meia hora rolando na cama eu decidi levantar. Fosse quem fosse era uma inconveniência chegar a essa hora sem avisar na casa de quem quer que fosse. Quando abri a porta dei de cara com titia, ela estava pálida e me gritou.
--Kat querida, apresse-se, o duque chegou e quer vê-la imediatamente! --Ela me empurrou para dentro do quarto. --Desça agora, ele quer vê-la já.
Ela enfatizou a palavra já, que me deu um frio na espinha. Eu fiz sinal de pegar o vestido verde passado e dobrado no encosto da cadeira e ela não permitiu, me puxou pela mão até a porta, Thomas, o servo do duque estava na soleira chamando pelo meu nome.
--Vá, Kat, vá! --Titia tentou me passar uma confiança que ela não sentia dando tapinhas na minha mão entre as suas. Eu me olhei no espelho, com cabelo solto e desgrenhado e com camisola e robe brancos eu parecia um fantasma.
Dei um risinho de nervoso e desci a escada com Thomas logo atrás de mim. Bati na porta de seu escritório e entrei.  Com um aceno ele dispensou Thomas e ficamos sozinhos no imenso cômodo que também era usado como biblioteca. Uma única vela estava acesa sobre a mesa e não iluminava bem o ambiente. O duque estava no lado oposto à luz e não dava para ver seu rosto.
Fiquei de pé esperando que ele dissesse ou fizesse algo. Se passaram alguns minutos e eu podia sentir seus olhos cinzentos sobre mim. Ele ainda estava de roupa de viagem e com a cartola sobre a cabeça, seus cheiros vieram até mim numa mistura deliciosa de sua colônia com seu cheiro incrivelmente bom que era só dele. Ele estava sentado na sua cadeira com os braços em cima da mesa, uma das mãos estava esticada e segurava uma pena, com a outra ele apoiava o queixo num sinal de cansaço. Não podia saber pelo seu rosto envolvido na escuridão o que se passava por sua cabeça. Podia sentir a tensão no ar e meu coração passou de acelerado à descompassado.
--Sente-se Kat. --Eu me assustei com sua voz tão familiar, como eu senti saudade de voz rouca e macia ao mesmo tempo!
Eu me sentei de frente para ele e o duque se curvou sobre a mesa, dando para vê-lo agora perfeitamente sobre a luz.
Ele sorria para mim, mas seus olhos quase negros na pouca luminosidade , como um céu de tempestade, me  olhavam tristes. Seu rosto estava magro e seus lindos olhos estavam com olheiras,  talvez ele adoecera na viagem. Fiquei preocupada com ele. A cartola era preta, assim como sua gravata. O fraque num lindo tom de vinho borgonha que destacava seus olhos e sua tez pálida. Num impulso eu sorri de volta. Ele percebeu algo em meu rosto pois ele puxou minhas mãos entre as suas e as manteve segurando e olhando nos meus olhos.

Dóris

Eu não sabia se tinha tomado a atitude correta. O nervosismo fazia meu estômago se contorcer dolorosamente. Foi arriscado escrever ao duque e contar tudo o que ocorreu. Mas eu devia isso à ele. Ele me trouxe para morar na mansão mesmo não sendo tão chegado à mim. Sempre tive fama de chata por querer tudo em ordem e sabia que Will tendo uma vida tão boêmia, de mulheres, bebida e noitadas, jamais teria me dado a oportunidade de ir "vigia-lo" pessoalmente. Ele nunca fugiu de suas responsabilidades por causa disso, sempre levou bem à serio seu título e posição, era na vida pessoal que ele se excedia as vezes, como se faltasse algo e ele estivesse sempre procurando por algo que o completasse sem nunca encontrar, eu sentia a tristeza da casa e quando Kat chegou tudo mudou para melhor, ele sorria e parecia não tão perdido nos deveres como antes.
Mas ele não teve escolha é claro. Sendo eu irmã de sua mãe e única parente viva e precisando resolver a questão com lady Katerinne, ele se viu livre de dois problemas duma vez. Trouxe para morar em sua casa as duas mulheres que ele devia cuidar, para uma cuidar da outra e eu fiquei apreensiva no início. Por não ter convivido com ele na infância e ele logo ter sido mandado para Oxford eu não sabia que tipo de homem ele havia se tornado.
Mas com surpresa vi que ele era o melhor dos homens, honesto e fiel até a medula,  justo com todos que estavam sobre seus cuidados. Respeitando e cuidando para que tivessem uma boa vida. Cuidava pessoalmente de tudo e de todos, desde o jardineiro até Thomas, seu amigo e aliado, que o ajudava inclusive com o parlamento e suas questões jurídicas.
Zelava pelo bem estar comum e ajudava a caridade em tudo o que podia. Ele não lembrava em nada o pai bruto e sem alma que o antecedeu. O pai havia morrido de tanto beber, batia na duquesa para descontar suas frustrações e pouco depois da morte do duque a duquesa também faleceu, deixando-o sozinho. Ele se tornou um homem admirável e eu me orgulhava por isso. Ele merecia um amor como o de Kat para alegrar sua vida e formar uma família.
Mas não sei como ele reagiu ao ler minha carta. Ele chegou com uma expressão indecifrável no rosto, gritando ordens e mal me cumprimentou. Exigiu a presença de Kat em seu escritório e fechou a porta na minha cara.
Contei tudo o que se passou na sua ausência e falei do imenso amor de Kat, como ela sofreu e ela no entanto não sabia disso. Eu só orava baixinho, torcendo para que se acertassem. Eles formariam um lindo casal e fiquei pensando em como seria bom ter crianças correndo pela casa com lindos olhos verdes ou cinzentos, dependendo da vontade de Deus.

Willian

Ela estava linda. Incrivelmente bela apesar de todo seu excesso. Seu belo rosto estava mais fino e sua cintura, ainda mais fina. Ela sofreu como eu. Fiquei observando suas mãos apertar a camisola nas laterais do corpo. Ela estava nervosa e isso era bom porquê eu também estava.
A camisola branca de seda delineava seu corpo como uma segunda pele. Mostrava sutilmente seus quadris curvilíneos e descia até seus pés descalços. Deviam estar frios no piso gelado de pedra, mas ela parecia não se importar.
Seus seios fartos subiam e desciam com sua respiração entrecortada e só então pedi que se sentasse. Tinha medo que ela desmaiasse ou algo do tipo.
Eu fiquei observando- a na semi escuridão do escritório e meu coração se encheu de amor por ela. Como ela poderia me amar? Tão mais velho e devasso, certamente não era o melhor candidato à marido.
Tinha certeza que titia havia contado tudo sobre mim. Flagrara as duas conversando na cozinha à respeito da casa de madame Elise. O que estaria pensando? Que eu era um degenerado sem dúvida! Para chegar no meio da noite e arrastá-la para a biblioteca e sem dizer coisa alguma.
Num ímpeto puxei suas mãos e as prendi entre as minhas sobre a mesa. Queria contar o que estava acontecendo, e que Deus me ajudasse.
--Kat... eu...--As palavras não vinham, eu tinha um nó no estômago, talvez ela me achasse precipitado.-- Ela esperava que eu dissesse mais alguma coisa e de repente seus lindos olhos verdes começaram a se encher de lágrimas e eu me segurei para não chorar junto. Me doia profundamente o seu pesar.
--Eu quero que assine esse documento e então seremos marido e mulher, quer ser minha duquesa?

--Disse de uma vez só e então engoli o nó na garganta e tentando parecer calmo soltei suas mãos e retirei um grosso papel dobrado de dentro do bolso da camisa que usava por baixo do fraque e o coloquei sobre a mesa. Era o contrato de casamento providenciado por Thomas, a partir daquele dia ela realmente pertenceria à mim de fato e de verdade, e se Deus ajudasse, em breve de corpo e alma!
 Ela me olhava com olhos arregalados e de boca aberta. Segurei o papel e tentei desamassá-lo sem tirar os olhos do rosto dela. Seu rosto se iluminou como um céu depois de passada a tempestade.
--Senhor, me diz que não é um sonho, que não estou louca finalmente, afinal quase enlouqueci nos últimos tempos, por favor...-- Fiquei em pé e dei a volta na mesa para fazê-la ficar em pé, mas suas pernas tremiam tanto que a fiz se sentar novamente ficando eu de joelhos para ficar quase igual nossa altura, nossos rostos à centímetros um do outro.
--É claro que é um sonho meu anjo, só que um sonho que se torna realidade hoje, se você me aceitar, é claro, por favor diga que ao menos vai pensar no assunto? --Minha insegurança e medo podiam ser sentidos no tom da minha voz, é claro que ela podia me recusar, mas eu morreria só de pensar na possibilidade, e ela então sorriu, o riso mais delicioso, aquele que me enchia de desejo e antecipação, e me abraçou tão apertado que eu mal consegui respirar. Ficamos bons minutos abraçados ouvindo as batidas aceleradas de nossos corações em uníssono, temendo que fosse de fato um sonho e que quando acordássemos, estaríamos de volta à nossas miseráveis vidas de solidão anteriores.

Quando nos afastamos eu segurava suas mãos, ainda muito próximos um do outro, ela timidamente olhou para meu lábios, em um convite mudo para um beijo, então me aproximei com minha boca e gentilmente arrebatei seus lábios em um beijo suave, não queria assustá-la com todo meu ardor masculino, queria que tudo fosse suave e prazeroso para ambos... Mas não no chão da biblioteca! Quando fui me afastando ela me olhou indignada e me enlaçou pelo pescoço e me beijou com toda a sua força, num beijo tão delicioso quanto quente, que quase me levou ao êxtase, sua língua timidamente penetrou minha boca e se entrelaçou na minha, num beijo que prometia muito mais. Uma batida suave na porta nos trouxe de volta a realidade. Com dificuldade e a respiração entrecortada, separamos nossas bocas.
--Agora não, quando precisar de algo eu chamarei! --Minha voz autoritária a assustou, ambos rimos e nos colocamos de pé.
--Por favor me diga que aceita ser a duquesa e minha esposa, eu não suporto mais esperar...--Ela riu e ficando nas pontas dos pés beijou meus lábios e se abraçou a minha cintura encostando sua linda cabeça em meu peito.
--Claro que aceito Will, nada no mundo me faria mais feliz, podemos assinar logo? Quero te beijar mais e não parece certo fazer isso sem ser de fato sua esposa. Ela ainda abraçada à mim me olhou nos olhos, seus lindos olhos verdes faiscavam, prometendo muito, muito mais...


Continua...