(Cap 16) Ficção ruim
Quando fui ao banheiro não tive pressa em sair da ducha, a pressão da água massageava meus músculos doloridos.
Lavei meus cabelos várias vezes até ficar totalmente limpos e macios, e escolhi moletom pra vestir.
Penteei meus cabelos com muita calma, na verdade eu hesitava em voltar pra cabana. Tinha receio de encará- lo.
Lavei meus cabelos várias vezes até ficar totalmente limpos e macios, e escolhi moletom pra vestir.
Penteei meus cabelos com muita calma, na verdade eu hesitava em voltar pra cabana. Tinha receio de encará- lo.
Quando voltei ele preparava a comida como sempre fazia, o cabelo preso num rabo bagunçado a calça preta de pijama amarrotada, tudo tão deliciosamente normal, que meu coração saltou quando ele me viu e sorriu, um sorriso lindo e sincero, como eu nunca tinha visto antes.
Sorri de volta um sorriso sem graça, meio torto.
Sorri de volta um sorriso sem graça, meio torto.
Ele atravessou a distância do fogão até a porta aonde eu estava e me pegou pela mão me puxando até a pequena mesa. -Você deve estar faminta. -Ele me disse empurrando o prato com vegetais cozidos no vapor e um bife gigante grelhado que só o cheiro me fez babar.
-Obrigada- Disse atacando.
-Não há de quê- Ele me olhava a cada mastigada, me deixando constrangida.
-Assim vou engasgar, o que está olhando? -Perguntei com uma aspereza maior do que eu sentia.
-Estou te observando, a sua pele pálida, apesar de viver no deserto, seus lindos cabelos vermelhos, como você está tímida com o que estou dizendo... Enfim, você é um mistério pra mim, tudo em relação à você é muito contraditório...
-Ok, já entendi...-Ele me olhava crítico, com as mãos na cintura.
-Não entende, ainda, mas está perto. -Eu olhei pra ele quando disse isso, seus olhos estavam enigmáticos.
-Você me dá medo às vezes, deveria parar de falar por parábolas, isso é irritante!
-Obrigada- Disse atacando.
-Não há de quê- Ele me olhava a cada mastigada, me deixando constrangida.
-Assim vou engasgar, o que está olhando? -Perguntei com uma aspereza maior do que eu sentia.
-Estou te observando, a sua pele pálida, apesar de viver no deserto, seus lindos cabelos vermelhos, como você está tímida com o que estou dizendo... Enfim, você é um mistério pra mim, tudo em relação à você é muito contraditório...
-Ok, já entendi...-Ele me olhava crítico, com as mãos na cintura.
-Não entende, ainda, mas está perto. -Eu olhei pra ele quando disse isso, seus olhos estavam enigmáticos.
-Você me dá medo às vezes, deveria parar de falar por parábolas, isso é irritante!
Ele soltou os cabelos e tirou a calça bem ali na minha frente e eu engasguei com o brócoli, tossi sem parar.
-Estamos no meio da sala...-Ele riu e se virou de frente pra mim, o corpo esculpido, parecia não ter uma grama de gordura, tudo em Niga era músculos, magro e deliciosamente musculoso, dos pés à cabeça.
-Na verdade eu também me sinto constrangido ainda, quanto antes ficarmos nus novamente, mais rápido acostumaremos...-Ele sorriu, deu uma gargalhada gostosa que ecoou.
E eu fiquei ali, com meu garfo suspenso no ar, com o coração acelerado e as bochechas ardentes, ao lembrar nossa noite mágica.
Até aquele momento parecia surreal demais, dois seres de mundos diferentes se casando, e até pouco tempo atrás, entrelaçados entre lençóis, parecia ficção ruim.
Nunca na vida eu imaginaria que eu viveria essa história incrível, e o que mais me assustava no momento era que, apesar de tanto sofrimento, era inegável que estávamos perdidamente apaixonados um pelo outro, eu só não sabia agora o que viria a seguir, amor nunca fez parte do plano.
Continua...
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