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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

(Cap 01) Desespero...

Eu não conseguia entender o que ele fazia ali...
Eu escutei quando ele chegou é claro! As passadas de bota ecoaram no corredor e sua ira era visível naqueles lindos olhos turquesa.
-Você nunca devia ter fugido de mim! -Seus olhos brilhavam num misto de ódio e agonia, como os olhos de uma pessoa histérica!
-Porque se importa?-Fiz a pergunta que ecoava todos os dias na minha mente.
Ele andava de um lado para o outro sem tirar os olhos vidrados de mim, senti um calafrio e me arrependi de ter perguntado.
-Voce não é nada razoável!- Ele disse desembainhando a espada longa que trazia consigo- Voce não sabe de nada!
A raiva cresceu dentro de mim, eu podia sentí-la beirando a superfície.
Voce me sequestrou! Cuspi as palavras.
-Não, não, não, pobre tola! Quando chegamos a esse mundo tudo que queríamos era paz, seu povo nos desafiou, nos mataram aos milhares...começaram a guerra que sabiam que não podiam vencer!

Eu não aguentei ouvir a verdade daquelas palavras e desabei no chão pensando e revivendo todas as mortes, todos os entes queridos mortos, tudo aquilo que mais amava tinha sido destruído!
Do dia para a noite fui arrancada de casa e levada por estranhos alienígenas até sua fortaleza no meio do deserto, longe de tudo que eu conhecia e tinha um problema maior: como filha do governador, fui sequestrada pra ser resgatada em troca de um acordo, mas eu ainda estava em choque quando descobri que meu pai e meu marido não se importavam nem um pouco se eu morria ou se eu vivia, contanto que eles continuem no poder. Mandaram apenas um bilhete dizendo: Sem acordo!
Eles leram e releram o bilhete e não conseguiam entender e ficavam me perguntando o que significava tudo aquilo? Eu apenas ignorava as perguntas
Será uma nova tática de negociação?
Nenhuma pergunta sobre meu bem estar, nada!
Absolutamente sozinha com o inimigo mais lindo que já tinha visto.
E ele me encarava agora com olhar indagador, como se quisesse adivinhar meus pensamentos, em vão...jamais contaria meus medos a ele, se fosse morrer ou qualquer que fosse meu destino, enfrentarei com dignidade e cabeça erguida!
Levantei aos tropeções e fiquei em pé.

-Deixe-me falar com eles, explicar tudo por favor...
Ele me encarava agora com um sorriso zombeteiro, mas seus olhos não sorriam, era apenas...ele desdenhava de mim!
-Porque devo confiar em vc? Vc fugiu 3 vezes em três dias!
Ele se aproximou lentamente de mim e o medo, todo o pavor que ele sempre me impunha eu senti brotar dentro de mim e fui afastando enquanto ele avançava, só parei quando senti a pedra fria nas minhas costas.
Ninguém podia dizer que não eram daqui, eram iguaizinhos aos homem comuns, exceto pela força que eram de uns dez homens e os olhos, olhos hipnóticos e faiscantes literalmente!A chama aparecia quando alguma emoção forte os desequilibrava, como a raiva! 
A pequena chama dançava dentro de suas iris azuis agora, eu podia ver uma veia latejar em sua fronte!
-Por fa-vor! Gaguejei.
-Voce nunca sairá daqui. -Ele se afastou e mexeu nos lindos cabelos preto grandes, passavam da cintura.
-Voce me pertence agora, conforme-se! Ele disse baixinho como se pudesse me acalmar, falou como se falasse com uma criança.

Lágrimas que não pude mais conter rolaram teimosamente.
-Eu vou te matar! Gritei e senti meus sentidos sumirem, levando toda dor, todo medo, toda angústia, não havia nada, apenas paz e o vazio!

Continua...


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